Sábado também é dia de IX Jornalismo sem Fronteiras. O compromisso diário estava marcado para…
Conhecendo a cidade…
9h da manhã. Esse foi o horário que os correspondentes tinham que se encontrar na porta do Hotel Américas Towers para o primeiro compromisso da jornada.
O destino era a rua Leandro N. Alem, 720. No local, o correspondente do jornal espanhol El País, Alejandro Rebossio, dividiria sua experiência como jornalista na Argentina com o grupo.
Para chegar até lá, assim como o Ulisses da literatura grega, precisamos enfrentar uma Odisseia…
Mas calma! Diferente do pobre personagem do livro, não levamos tantos anos para cumprir a nossa meta… Na saída do hotel, essa que vos escreve, viu o mapa no hotel do lado contrário (quem nunca fez isso né?) e fez o grupo andar nada mais, nada menos do que cinco quadras em direção oposta ao encontro com Alejandro…
Mas como o nosso lema é foco no positivo, todo mundo levou numa boa! Afinal, essa foi a oportunidade que todos tiveram de conhecer um pouco mais a cidade e apreciar seus belos prédios. E como disse o correspondente Pedro Neves:
“Se perder em Buenos Aires é como se perder no País das Maravilhas, cada esquina tem uma novidade”.
Os largos quarteirões não foram páreos para os nossos “correspondentes atletas”, que atravessaram mais de 15 laaaargas ruas e avenidas em tempo recorde e chegaram à rua Leandro N. Alem com apenas cinco minutos de atraso.
Compartilhando experiências
Finalmente, entramos no prédio. Os detalhes ficam por conta de Giovana Maradei:
“Chegamos ao edifício de faixada de vidro e recepção bastante moderna. Pouco depois Alejandro nos encontrou, autorizou nossa entrada e nos levou até um salão de reunião, com carpete azul, mesas e cadeiras já pré dispostas e duas estantes de livros que pareciam pequenas demais para o espaço.”
Para estudantes de jornalismo ou recém-formados que ainda estão no começo da profissão, ouvir conselhos de quem já está há muito tempo é de extrema importância.
![Alejandro Rebossio, correspondente do El País em Buenos Aires. Foto de Carolina Piscina](https://www.linkconsultoria.com.br/jornalismo1/wp-content/uploads/2014/07/Carolina-Piscina-18.07-16-300x2001.jpg)
Foto de Carolina Piscina
![Foto de Carolina Piscina](https://www.linkconsultoria.com.br/jornalismo1/wp-content/uploads/2014/07/Carolina-Piscina-18.07-34-300x2001.jpg)
Ver que as pautas pensadas por alguns integrantes do grupo são também abordadas pelo correspondente deixam orgulhosos nossos correspondentes.
“Listas com grandes pautas e analises extremamente críticas surgem aparentemente de forma natural, o que é bom pois tornam nosso sonho de excelência possível, palpável, mas ao mesmo tempo é uma enganação, pois por trás daquela aparência calma e de suas ideias de pauta tinha muito, mas muito estudo e reflexão. O mais impressionantes de conversas como essa que tivemos com Alejandro é o quão simples e mundanos trabalhos jornalísticos admiráveis podem parecer quando contados por seus autores”, relata Giovana
O tour histórico
Conhecer uma cidade andando de carro, apreciando as paisagens através dos vidros, é uma experiência interessante…
Contudo, muito mais interessante é conhecer andando a pé – sentir o cheiro do local, esbarrar nas pessoas, desviar das obras das calçadas (que por aqui são muitas atualmente!!!). Além de mais interessante, tenho que confessar que é bem mais cansativo. Mas garanto: no final, vale a pena.
E não pensem que quem está dizendo isso sou apenas “yo”… A repórter do Jornalismo sem Fronteitas, Ana Carolina Siedschlag compartilha dessa opinião:
“Já tinha feito tours de ônibus por aqui e pensei que seria a mesma coisa chata de sempre: o tio fala, a gente olha, sai, tira foto e volta. Mas esse foi a pé! E o guia, Daniel, finalmente me fez entender a loucura histórica que são as ditaduras argentinas”.
![Foto de Carolina Piscina](https://www.linkconsultoria.com.br/jornalismo1/wp-content/uploads/2014/07/Carolina-Piscina-18.07-39-300x1981.jpg)
![Foto de Diego Moura](https://www.linkconsultoria.com.br/jornalismo1/wp-content/uploads/2014/07/Carolina-Piscina-18.07-72-300x1981.jpg)
Perón, Evita, Cristina, Praça de Maio, Ilhas Malvias, Ditadura… Uma verdadeira aula de história (que levariam alguns semestres para serem destrinchadas na escola) em apenas um tour.
“Tudo o que estava apenas nos livros e nos jornais se tornou realidade para nós”, conta a repórter Jéssica Cruz.
Além de ter um olhar diferente sobre a cidade, isso faz com que os correspondentes pensem em suas próprias cidades. Será possível ter uma outra visão sobre o local onde moramos? Apenas algumas uma questão para se pensar na volta pra casa…
No hotel
Na volta para o hotel, depois de um longo dia, foi hora da reunião de pauta. Que durou nada mais nada menos do que 3 horas!!!
Pensa que foi cansativa? De jeito nenhum…
![Foto de Diego Moura](https://www.linkconsultoria.com.br/jornalismo1/wp-content/uploads/2014/07/Diego-50-300x200.jpg)
Cada um dos correspondentes dividiu um pouco a experiência que teve ao longo do dia e falou sobre as ansiedades, medos, dúvidas, focos a serem abordados na reportagem…
Teve de tudo nessas três horas: o assunto variou do dólar ao hábito de tomar café dos argentinos; passando pelo tema do futebol, da ditadura, do tango e chegou até à comunidade indígena (muitíssimo pequena) da cidade.
Deu pra perceber que nossos repórteres estão com tudo né?
E uma coisa dá pra garantir: vem coisa boa por aí!
Aguardem os próximos passos…
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