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Sol e chuva

Novamente, como no primeiro registro desse diário de viagem aqui em Brasília, vou escrever sobre o nosso dia começando pelo fim.

E aqui vai uma indignação…

Como pode um dia que começou assim:

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Terminar assim:

Ana Carolina - JOP  (24)

 

 

 

 

 

 

Pois foi isso que aconteceu. E acabou pegando muitos de nós de surpresa, que estávamos desprevenidos e tínhamos na bolsa protetor solar ao invés de guarda chuva.

Na frente do nosso hotel fica o Conjunto Nacional de Brasília. Lá estávamos Elisa, Nathália e eu terminando de fazer a última refeição do dia quando decidimos ir embora e nos deparamos com o dilúvio na nossa frente!!!

Ok… Confesso, foi um exagero da minha parte. Não foi bem um dilúvio. Mas também não era nenhuma fina garoa paulistana. Como não tínhamos guarda-chuva, tivemos que usar as finas blusinhas que estavam guardadas na bolsa para nos proteger. Um solidário cidadão que nos viu nessa aflita situação ofereceu ajuda e nos levou embaixo do seu grande guarda chuva até uma escada que nos deixava mais próxima do hotel. Mesmo assim esse curto trajeto foi suficiente para deixar roupas, cabelos e sapatos encharcados.

Depois de um banho quente para se aquecer da fria água que nos ensopou, nada melhor do que ir para debaixo da cama e ter bons sonhos. Certo? Nada disso!

Foi hora de continuar a todo vapor a produção das reportagens. E o dia de hoje tinha sido cheio… E agora que o caro leitor acompanhou o fim dessa história vos coloco no começo dela.

Por dentro da cidade

Aproveitando a manhã que nos brindava com um lindo sol parte do grupo decidiu conhecer pontos turísticos da cidade que estavam próximos do hotel. O primeiro destino foi a Catedral Metropolitana. Projetada por Niemeyer e inaugurada em maio de 1970, a planta é circular e tem 16 pilares curvos. Confira na foto:

 

(Foto Catedral)

 

O local foi tombado como monumento arquitetônico em 1991.

Depois, alguns metros ao lado da Catedral, visitamos o Museu Nacional. Com arquitetura particular e com várias obras de artistas brasileiros é também um ponto turístico bastante visitado na cidade.

De lá decidimos voltar a pé para o hotel, o que foi bastante proveitoso (apesar do forte sol em nossas cabeças) pois pudemos observar mais de perto a parte central da cidade e sentir na pele a dificuldade em atravessar de um lugar para outro (as ruas são largas e as vezes não há faixa de pedestre).

Enfim, uma manhã bonita e muito bem aproveitada.

Primeiro compromisso do dia

Depois de dar uma volta e relaxar um pouco voltamos ao lema: #AquiÉTrabalho

E a primeira tarefa do dia foi gravar um perfil com a jornalista Eliane Cantanhêde para o quadro perfil, do programa Edição Extra, da TV Gazeta de São Paulo.

Preparamos o local da gravação, vimos qual era o melhor lugar para posicionar a câmera e a nossa entrevistada, mudamos de lugar, voltamos para o original, enfim. Depois de muita preparação percebemos que um som se fazia muito presente: TIIIIMMMMM, TAAAAAC

Ok! Não sou boa com as onomatopeias… Quis dizer que eram sons estridentes e que realmente incomodavam. Ao lado de onde iríamos gravar o restaurante do hotel estava trabalhando a todo vapor e o barulho dos pratos e talheres sendo lavados era muito alto.

Por sorte tínhamos um microfone de lapela, que faz com que os ruídos externos não sejam tão captados na gravação. E a Ana, que estava responsável pelas imagens e pelo áudio disse que a interferência não foi assim tão grande… Ufa! Menos mal… Porque a entrevista com a Eliane foi ótima! Ela abordou as dificuldades em fazer jornalismo político em Brasília, a relação com as fontes, como é ser mulher jornalista nesse meio e as adaptações do impresso para a TV. Ficou curioso para saber o que mais ela contou na entrevista? Você confere tudo isso e muito mais no programa Edição Extra, da TV Gazeta de São Paulo. Depois você confere a entrevista aqui mesmo nesse site, com o link do canal do YouTube do programa Jornalismo sem fronteiras.

E os trabalhos continuam

Mal tivemos tempo de comer a outro compromisso chegava. Era hora de conhecer mais sobre o poder. E a visita dessa vez foi no Ministério do Meio Ambiente. Quem nos recebeu foi a ministra Izabella Teixeira. Muito atenciosa antes da entrevista ela fez questão de perguntar o nome e onde cada um do grupo trabalhava. E abordou o poder de forma clara e direta: mostrando que a política está em todos os cantos e em cada atitude tomada por nós. Além disso ela também explicou como se dá a relação entre os jornalistas e o Ministérios e como a relação de confiança e credibilidade são construídas. A conversa estava tão boa que quando chegou a hora de ir embora (para o outro compromisso) ela insistiu que o grupo ficasse. “Mas precisamos achar um táxi. Aqui em Brasília é muito complicado conseguir encontrar um. Ainda mais três, afinal o grupo é grande e precisamos nos dividir” comentou um dos integrantes. Empurrando a cadeira de rodinhas para trás e inclinando-se pela janela e olhando a movimentação do lado de fora, a ministra contrapôs: “Tem bastante táxi lá fora, Estou vendo dois. Vamos continuar aqui… E se por acaso não tiver táxi, eu mando um carro levar vocês”.

Vontade de continuar lá realmente não faltava. Mas infelizmente o grupo teve que sair. Ás 16:28 desceram pelo elevador do Ministério, pegaram um táxi e voaram para o hotel onde quem os esperava? Surpresa!!!

Parte 2

A entrevistada da tarde era nada mais nada menos do que Eliane Cantanhêde. Sim, isso mesmo! Ela se dispôs a vir de manhã até o hotel apara fazer a gravação do perfil e voltar durante a tarde para a conversa com os alunos.

Dividindo sua longa experiência com os alunos e contando suas histórias, a jornalista nos deu várias dicas valiosas:

#Transite pelas diferentes áreas.

#Faça a “cadernetinha de telefone”.

#Como fazer a diferença? Não tenha preconceito e tenha capacidade de aprender.

#Jornalista bom tem sorte. E só tem sorte jornalista bom. Por quê? Porque para ter sorte é preciso estar presente.

#Temos obrigação de ter interesse a capacidade de aprender.

#Ser uma pessoa muito preparada não significa que será um bom jornalista.

#É necessário ter talento? O que é talento? Para mim talento é disposição e curiosidade.

#O grande barato do jornalismo para mim é ser repórter

#Há diferentes perfis de jornalistas: nem todo mundo será colunista de política

#Determinação é fundamental

#Você não é amigo, aliado ou cúmplice da fonte

#A minha preocupação número 1 é o leitor

#A redação é uma engrenagem que as vezes falha

Por enquanto é isso…

A madrugada se aproxima e amanhã o dia é cheio de produções e novos aprendizados. Vamos nessa?

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