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PIB crescerá 2,8%, diz Meirelles

Ministro da Fazenda anuncia ajuda aos estados e possível uso do FGTS para pagar dívidas

LAYANE SERRANO
DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou nesta quarta-feira que prevê aumento de 2,8% do PIB, em comparação ao quarto trimestre. Os primeiros meses de 2017 ficarão estáveis, obtendo resultado no decorrer do ano.

Meirelles ressaltou que o crescimento médio do próximo ano comparado com o atual é menor porque o país partiu de um ponto muito baixo devido a recessão histórica. “Recebemos o país com prejuízo, por isso estamos recuperando”, disse o ministro ao adiantar que o governo deve anunciar novas medidas que tendem a impulsionar a produção e o consumo do país.

Em uma reunião que será realizada amanhã com o presidente Michel Temer, Meirelles discutirá os débitos tributários e a questão do Fundo de Garantia para o pagamento de dívidas.

Em relação ao projeto que oferece auxílio aos estados mais carentes, anunciado hoje pelo governo, Meirelles informou que não haverá impacto no resultado primário de 2017 do governo federal. Os estados só poderão ficar nesse regime no máximo três anos. “O processo judicial dos estados, em primeiro lugar, estabelece critérios para entrada de processos muito rigorosos. Por exemplo, a receita líquida do estado, prevista para o ano, tem que ser menor do que as despesas previstas. O que o estado ganha com isso é a possibilidade de renegociar dívidas com os fornecedores e a suspensão de pagamentos de dívidas em geral. Porém, no caso de dívidas com a União, o estado tem que oferecer ativos estaduais”.

As declarações do ministro surgem em um momento de tensão da base governista. Horas antes de sua declaração, José Yunes, assessor especial da Presidência e um dos citados em delação da Odebrecht, entregou sua carta de demissão. Para o ministro da Fazenda, “a crise política pode gerar incertezas, mas por outro lado, a aprovação da PEC do Teto, no ponto de vista da economia, foi o fator mais importante dos últimos dias, porque mostra que a agenda da reforma econômica continua forte, imperturbável e seguindo o cronograma”.

Para demonstrar unidade entre os líderes da base do governo, o senador Aécio Neves, do PSDB, disse aos jornalistas que o partido é o principal parceiro das medidas que estão em tramitação no Congresso Nacional, inclusive a proposta de emenda à Constituição: “O PSDB foi o partido que mais contribuiu para a totalidade de votos para aprovação da PEC 55 no segundo turno. Continuaremos ao lado do governo nessa travessia até o final, para aprovar essas reformas estruturais e apoiar o conjunto de medidas microeconômicas que é o melhor que podemos fazer para o país”.

Meirelles disse que novas medidas serão anunciadas
Créditos: Layane Serrano

 

Layane Serrano é jornalista e participa do programa “Jornalismo & Poder”, que leva jornalistas e estudantes de comunicação a Brasília para uma imersão de uma semana na cobertura política.

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