Mais de três milhões de notícias por ano, estando presente em 120 países do globo terrestre. Esse é um breve resumo, em dados, da dimensão do que é a Agência EFE – empresa espanhola com 75 anos de mercado. Foi nessa rica história de mergulhamos hoje (18), nas agendas do Jornalismo Sem Fronteiras (JSF), em Madrid.
As conversas com Rosário Pons Correa, coordenadora do Master em Periodismo; José Manoel, da área internacional da agência; e Emílio Crespo, diretor de redação, deram espaço para reflexões sobre o atual cenário em que vive o mundo corporativo (mais especificamente os veículos de comunicação) e o futuro da profissão no mundo.
Entre as falas dos palestrantes, algumas passagens marcaram mais. Entre elas, destaco uma de Emílio Crespo, que com sua experiência conseguiu prender a atenção de todos. “Sempre vai se precisar de um jornalista para filtrar as informações. Aumentou o número e as maneiras de obter fontes, com as redes sociais, mas nem tudo nelas é confiável. É preciso converter esse excesso em informação de qualidade, então o jornalista será indispensável. Não existe crise no jornalismo em si, mas em formas tradicionais de consumi-lo”, enfatizou.
A fala de Crespo nos faz repensar o mercado de trabalho brasileiro. As demissões em massa nas redações, a sobrecarga de trabalho de muitos jornalistas, a falta de condição básica para desempenhar a função de informar, a falta de oportunidade em muitos Estados do país, os baixos salários, as incertezas e, sobretudo, o futuro da profissão como um todo.
É muito confortante ouvir de um profissional experiente, de uma outra cultura, que o jornalismo “não vai acabar” – frase que algumas vezes é repetida por aí. É, ao mesmo tempo, instigante saber que estamos no caminho certo, nos capacitando e buscando um diferencial para estar no mercado. Os encontros de hoje, para mim, serviram, de novo, para reafirmar minha paixão pela profissão. Sem dúvidas, uma aula de jornalismo sem fronteiras.
Museu EFE – Após a explanação dos profissionais da agência, conhecemos parte dos fatos que marcaram os 75 anos de existência da EFE. Uma história vislumbrada em objetos, imagens e muitos prêmios da imprensa internacional.
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