
Últimos dias: encerramento entre diferenças
Depois de uma semana intensa, participantes encerram o programa com uma visita ao Clarín e com a entrega das matérias.
Na quinta-feira à tarde, perto do encerramento do programa, ainda tínhamos atividades. Fomos visitar o Clarín, na planta principal, onde ficam as redações (àquela altura já esvaziadas por causa do horário).
Em 1945, Roberto Noble criava um jornal que viria a ser o de maior circulação da Argentina. Nos anos 1980, sua tiragem já alcançava mais de 1 milhão de exemplares em dias de semana e, aos finais de semana, o número era ainda mais alto. Hoje, assim como os outros grandes periódicos do mundo, o Clarín busca se renovar para se adaptar às novas formas de produção, publicação e financiamento do jornalismo (o Clarín foi o primeiro jornal da Argentina a instaurar o sistema de subscriptions no país, por exemplo).
A parte final do dia foi de encerramentos. Havia matérias em texto e em vídeo, cada qual com uma abordagem diferente. As produções falavam desde mobilidade urbana (ao descrever a disputa entre Uber e taxistas em Buenos Aires) até questões de direitos humanos e saúde pública (com a discussão sobre a legalização do aborto que tramita no Congresso argentino). O que, então, aprendemos de mais importante com as produções dos colegas? E com as vivências da viagem? O que vamos levar do programa? Alguns dos aprendizados, os participantes gravaram em vídeo.
Assim como cada pessoa tem sua personalidade, todo jornalista tem um perfil. Se as trocas entre as diferenças sempre são ricas, quando estamos fora de nossa zona de conforto, potencializamos tudo que podemos aprender com o outro. Esta edição do VIII Jornalismo Sem Fronteiras foi assim, muita troca e aprendizado dentro das diferenças – e, independentemente, dos traços de cada um, há uma certeza: ninguém voltou de Buenos Aires do mesmo jeito que chegou.