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Plano de seguro oferece proteção para freelancers em ambientes perigosos

Enquanto freelancers em zonas de conflito podem enfrentar um alto risco de acidente ou sequestro, nem todos conseguem seguro de saúde de seus editores. Seus fixadores — que geralmente não têm a opção de sair de uma zona de conflito — muitas vezes enfrentam riscos ainda mais graves.

Essa é a razão pela qual o International Press Institute (IPI) e o Isle of Man Assurance Limited lançaram o programa Insurance for Journalists, um seguro voltado especificamente para cobrir jornalistas em reportagens no campo, incluindo freelancers e fixadores.

Freelancers têm dificuldade em obter seguro antes de viajar para uma reportagem, pois muitas companhias de seguros não cobrem áreas perigosas como zonas de guerra, diz Hugh Brumfitt, diretor-gerente do Insurance for Journalists. Estrangeiros também podem ter problemas em comprar seguro de saúde no exterior se isso conflitar com a política de seu provedor doméstico.

O Insurance for Journalists tem como objetivo cobrir esta necessidade, proporcionando uma solução acessível para todos os jornalistas em missão — não apenas em zonas de conflito, mas também em países com serviços caros de saúde, como os Estados Unidos. O seguro foi desenvolvido em estreita cooperação com uma equipe de profissionais de mídia dirigidos por Frank Giglio, um ex-gerente de produção de notícias com 42 anos de experiência em rádio e TV.

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“O mundo se tornou um lugar cada vez mais perigoso para os jornalistas, pois os riscos associados à profissão parecem crescer a cada ano”, diz Steven M. Ellis, diretor de advocacia e comunicação do IPI.

 

De acordo com o IPI, os últimos 10 anos foram especialmente fatais para os jornalistas, com 1.025 mortos em conexão direta com seu trabalho em comparação com apenas 636 na década anterior. A principal razão para este aumento acentuado são os conflitos em curso em países como a Síria, o Iémen e o Iraque. Desde 2003, 374 profissionais de notícias perderam suas vidas nesses três países apenas.

O Insurance for Journalists envolve uma parceria com a Northcott Global Solutions, uma empresa de atendimento de emergência que lida com  emergências no local com um centro de atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana, com equipes ex-militares. Northcott tem a autoridade para pagar hospitais diretamente, portanto jornalistas assegurados não têm que pagar suas despesas e depois esperar por um reembolso.

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O preço dos planos de seguro depende do país de destino, com países divididos em cinco zonas que vão de “extremo” a “baixo risco”. A opção mais barata começa em US$12 por semana em zonas de baixo risco, subindo para US$62 por semana em áreas de risco “extremo”. O seguro cobre até US$100.000 em custos, incluindo doença, acidentes, incapacidade e morte. Também pode ser usado para cobrir ajudas não relacionadas à doença no país de origem de um jornalista. Embora o seguro não cubra atualmente danos a equipamento ou sequestro, há planos para expansão em um futuro próximo.

Qualquer jornalista que comprove sua ocupação pode solicitar o seguro. Isto inclui a adesão a uma organização de jornalismo como o IPI ou a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, em inglês), emprego em uma empresa de mídia ou trabalho publicado.

Embora o site do Insurance for Journalists esteja atualmente disponível somente em inglês, há planos de lançar versões em espanhol e árabe — os dois maiores mercados de língua não inglesa — dentro de seis meses.

Primeira imagem sob licença CC no Flickr via Sergio Russo. Segunda imagem cortesia do World Media Wire.

 

Fonte: IJNet

Por: Daria Sukharchuk

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