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7 ferramentas que devem estar no radar de todo jornalista digital

Quando Charlie Beckett me pediu para participar da conferência de jornalismo Polis na London School of Economics and Political Science, ele mostrou a qualidade da sua universidade com uma pergunta surpreendentemente prática de jornalismo para uma faculdade classificada como a No. 2 no mundo em estudos de mídia e comunicação, um campo que tem como ênfase a parte teórica.

Beckett quis saber sobre as mais recentes ferramentas digitais que jornalistas estão usando para fazer um jornalismo mais responsável (o que alguns de nós ainda chamam jornalismo “watchdog”). Minha primeira reação foi de mencionar alguns dos “velhinhos de ouro” que a Knight Foundation financiou e acompanhou: o software de criptografia Tor; a ferramenta de jornalismo investigativo Document Cloud e sua versão para busca de histórias Overview; a ferramenta de narrativa visual Timeline JS; e o clássico aplicativo de crowdmapping Ushahidi. Estes são usados por milhares de jornalistas e redações e são tópicos de tutoriais regulares, apoiados pelo American Press Institute, o Poynter Institute e a Knight Foundation. Mas então eu vi que Jonathan Stray ia falar sobre o Overview. Não dá para fazer melhor que isso.

Eu chamo essas ferramentas de “velhinhos de ouro” porque em anos digitais a vida de um produto parece ser de cerca de 21 meses. A “Lei de Moore” previu que o poder de processamento de chips dobraria a cada 18 meses. Isso aconteceu mais ou menos por décadas, e cada onda de chips refaz o mundo digital. No tempo digital, isso significa que uma ferramenta nascida em 2012 nasceu uma vida atrás.

Não há nada de errado com as ferramentas clássicas; elas simplesmente não são as mais recentes. Então, recorri a Ben Wirz, que algumas vidas digitais atrás se juntou à Knight como diretor de consultoria de negócios. Ben ajuda a liderar a Enterprise Fund Knight, que investe em startups.

Aqui estão suas dicas de ferramentas que jornalistas e redações devem experimentar:

  1. Creatavist: Possibilita uma publicação bonita, rica em mídia para a Web, e-books e aplicativos móveis. Mais de 8.000 usuários. Grátis para indivíduos. Veja exemplos aqui e aqui.
  2. Videolicious: Uma maneira simples de gerar vídeos a partir de um dispositivo móvel, é usada por mais de 100 editoras, principalmente jornais. Grátis para indivíduos. Veja um exemplo aqui.
  3. Pop: Um novo tipo de abordagem narrativa visual móvel lançada em fevereiro. Usada pelo NowthisNews. Grátis.
  4. Captricity: Uma ferramenta de mineração de dados de baixo custo que pode ser usada para processar formulários de papel em dados digitais. Pago. Veja o exemplo aqui.
  5. Poetica: Torna mais fácil editar colaborativamente documentos no Gmail, WordPress e Evernote. Grátis.
  6. Crowdtangle: Uma maneira simples de monitorar e otimizar conteúdo para a mídia social. Pago.
  7. Submittable: Ajuda a solicitar, coletar, editar e carregar submissões. Mais de 10 milhões de submissões e US$4 milhões gerados por editoras clientes em 2013. Pago. Você pode se inscrever para uma conta demo aqui.

Meu colega John Bracken, que supervisiona o Knight News Challenge e o Knight Prototype Fund e outros investimentos financiados por subsídios, sugere dar uma olhada no Watchup, que reúne e reproduz vídeos de seu interesse em um noticiário diário e autodenominado “a maneira mais rápida de assistir a notícias no iPad”. Ele também recomenda o News Challenge: Open Gov. Mais informações sobre boas ideias em jornalismo e tecnologia podem ser encontradas no blog de Bracken (em inglês).

Boas ferramentas estão aparecendo em um ritmo tão rápido que provavelmente é hora de algum tipo de versão jornalística da revista Consumer Reports testar e avaliar de forma organizada e contar para todos o que está decolando. Muitos especialistas cobrem ferramentas digitais. Isso é excelente, mas não é a mesma que uma comparação abrangente. Realmente um guia constantemente atualizado para jornalismo e novas ferramentas será ilustrativo em mais de uma maneira. Quando você vê as dezenas de novas e poderosas ferramentas por aí e percebe quantas são boas e como são poucos na mídia tradicional que as absorvem, você faz a pergunta correta: como podemos aprender a usar essas ferramentas não em anos humanos, ou anos de cachorro, mas em anos digitais?

 

Imagem sob licença CC no Flickr via Jisc

 

Fonte: IJNet

Por: Eric Newton

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