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O custo da mentira

ANDRE COSTA BRANCO, DE BUENOS AIRES


Fundado em 2010, o Chequeado é o primeiro site de fact checking da América Latina. O objetivo do grupo é apurar discursos de políticos, figuras públicas e meios de comunicação, para avaliar se as informações ali contidas são verdadeiras ou falsas.

Os sites de fact checking obedecem a um determinado critério de verificação e são tidos como fontes de credibilidade para o debate público. Na era da informação líquida, em que não há mais distinção entre emissores e receptores de conteúdo, a precisão da informação perde valor à velocidade dos compartilhamentos.

A campanha do Chequeado brinca com a figura do tocador de violão, que no jargão popular argentino também é associado a um contador de causos – ou mentiras. O violeiro canta frases proferidas por figuras como Mauricio Macri, Cristina Kirchner e Daniel Scioli, diagnosticadas com o seu devido chequeo.

O nome é moderno, a veia é empreendedora, mas Pablo Fernández, diretor de inovação do Chequeado, tratou de situar o fact checking, quando perguntado sobre o critério para escolher os chequeos (ou as pautas). “Escolhemos o que achamos interessante, não é uma ciência. É jornalismo clássico.” Avaliar se um discurso é verdadero, pero… ou falso (duas das nove categorias de classificação estabelecidas) pode ser uma tarefa minuciosa, mas não exata. Afinal, em se tratando de gente, o mais importante é elevar o custo da mentira.

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