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Ninguém é desinteressante para um café…

O primeiro compromisso do dia foi uma conversa com a correspondente da Folha de S.Paulo Mariana Carneiro. É dela, aliás, a frase citada acima e que nomeia o post sobre o terceiro dia dos participantes do Jornalismo Sem Fronteiras em Buenos Aires.

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Correspondente há apenas cinco meses na capital Argentina ela contou quais os desafios que uma pessoa recém-chegada enfrenta no país e como lida com esses obstáculos. E uma de suas primeiras dicas foi: “Ninguém é desinteressante para um café”.

Ou seja: mesmo que uma pessoa em determinada momento não esteja sendo utilizada em uma apuração momentânea, o repórter deve sempre manter contato. Tomar um café, mandar um e-mail para dar um alerta: “Oi, estou aqui! Não se esqueça de mim?”… Afinal, nunca se sabe…

Acorde logo cedo, descubra que uma notícia está tomando conta do país e que você, como correspondente, precisa correr atrás para contar essa história. Imaginou? Pois a Mariana Carneiro não só imaginou como também viveu tudo isso. E esse relato foi tão bacana e proveitoso para os participantes que vale a pena um pequeno resumo:

Na manhã do dia 19 de maio ela acordou e deparou-se com uma decisão polêmica: a justiça argentina havia reduzido a pena de um homem condenado por abusar de um menino de seis anos. Os juízes Horacio Piombo e Benjamín Sal Llargués argumentaram que o menino já havia sido abusado antes e que tinha traços de “travestismos”. Confira mais detalhes na reportagem

“Assim que vi a história a última coisa que pensei em fazer foi um relato seco, apenas com dados do que aconteceu aqui e a história do despacho do juiz. Quis logo contar histórias e trazer vida para essa matéria” – relatou.

E foi exatamente isso que ela fez. Pegou um táxi. Depois que o taxímetro indicou muitos pesos, ela chegou ao bairro de Loma Hermosa, na cidade de Tres de Febrero. Um local muito pobre e com uma infraestrutura precária. E o que ela queria descobrir por lá?

“Queria entrar em contato com a família do menino que foi abusado, o Gustavito (como ele era chamado). Mas no bairro todos estavam ressabiados e não queriam me dar nenhuma informação de onde eles moravam”.

Anda de um lado, anda de outro. Uma conversa aqui, outra acolá. Uma pergunta para um vizinho, outra para o zelador da escola, uma para a diretora da mesma escola, uma conversa com um morador, depois outra conversa com o dono de um quiosco…

E ufa!

Depois de um tempão lhe indicaram o exato local onde a família do menino morava. E depois de todo esse trabalho, o resultado da matéria? Você pode conferir aqui

 

Pelas ruas de Buenos Aires

Nada melhor do que andar a pé pelas ruas de uma cidade para conhecê-la melhor. Sentir o aroma de café no ar, o ar frio do inverno bonaerense gelar o nariz, os olhos se encantarem com a eclética paisagem da cidade com prédios que mesclam arquitetura antiga e moderna… Os pés, no fim, claro, estão doloridos! Afinal o tour que os participantes fizeram pela cidade durou três horas a pé! Isso mesmo, três horas!!! No fim,será que valeu a pena toda essa caminhada?

Vamos conferir com os repórteres Letícia Teixeira e Luan Lopez:

 

 

E essas são algumas fotos do nosso tour:

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Um dos principais desafios do correspondente é saber se virar.

A frase acima foi uma dica que nos foi passada pela correspondente do SBT Patrícia Vasconcellos.

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Em quatro edições do programa essa foi a primeira vez que recebemos uma repórter de TV. As dificuldades, claro, são diferentes do impresso. Afinal, TV é imagem…

E uma matéria para um telejornal só existe quando essas imagens chegam até os editores de texto e imagem da emissora. Por isso essa questão técnica é a principal dificuldade que a repórter apontou que enfrenta como correspondente.

“Cubro América Latina e não são todos os países da região que tem uma boa velocidade de internet. Quando preciso enviar algo para o Brasil sempre procuro algum lugar com boa conexão”. 

PS: As novidades…

Lembra que no primeiro post contei algumas novidades do programa desse ano? Pois é… Os estudantes argentinos estão super integrados na nossa equipe! Sugestões de pautas, de fontes, impressões…

“Achamos os estudantes brasileiros muito corajosos em vir para um país diferente para produzir matérias”, comentou uma das estudantes durante um bate-papo informal.

Como a troca e os aprendizados estão sendo incríveis, é claro que esperamos uma visitinha das estudantes ao Brasil né?

Hasta luego!

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