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Diário Sem Fronteiras – Parte I

Buenos Aires, 10 de julio de 2012

Por trás de um sorriso quanta coisa não tem?

Depois de tanta espera, finalmente chegou o dia! Descer no Aeroporto de Ezeiza e ver a alegria apesar do cansaço do grupo é simplesmente impagável. Devia ser o frio, o cheiro ou simplesmente a simpatia das pessoas que nos rodeavam, não sei exatamente. De qualquer forma, minha felicidade era incontestável.

 

Passamos pelo aeroporto escutando cada detalhe do sotaque e da voz de cada um. Perto da saída sentimos aquele vento típico e gelado de Buenos Aires.

Um grupo de quase 20 pessoas que pouco se conhecem, juntas por um mesmo interesse comum: jornalismo. Paixão por ler, escrever, questionar, ouvir e contar. Apesar de todos terem acordado cedo e chegado ao aeroporto às 5h30 da manhã, ainda tinham energia para curtir o dia.

O grupo inteiro foi almoçar junto. Um café na esquina do hotel nos poupou da garoa que caía. Todos muito felizes, simpáticos e bem humorados. Um grupo delicioso para ter como companhia em um lugar tão delicioso quanto. E fui surpreendida pela primeira vez. Quem diria que a diferença entre um garçom argentino e um brasileiro seria assim, tão gritante. É carisma misturado com simpatia, alegria e intimidade. Não é simplesmente ser garçom e acabou. Há um compromisso em cuidar da relação com o cliente. Não cheguei a pesquisar se o jeitinho argentino é natural ou se ele estava apenas fazendo o trabalho dele. Independentemente disso, fiquei encantada. Sobretudo com um detalhe simples que fez toda a diferença: eles falam com a gente olhando nos olhos. Um olhar penetrante e um sorriso que não se desfaz.

Depois de um almoço tão satisfatório, demos início ao trabalho de jornalistas. Começamos com a reunião de pauta no saguão do hotel. No começo muito silêncio e umas carinhas tímidas, mas ao longo da conversa as ideias foram pipocando, tornado a reunião muito produtiva e intimista. Em seguida, nos encontramos na praça da Av. Quintana com a Junín (próxima ao Cemitério da Recoleta) para conversar com Ariel Palacios, correspondente internacional do Estado de S. Paulo e da Globo News em Buenos Aires.

 

O bate-papo aconteceu no “La Biela”, com direito a telefones para contatos necessários da pauta de cada um, conselhos, histórias. Para completar, a maior prova de que foi envolvente: 3h28 de palestra.

Três horas e vinte e oito minutos muito bem preenchidas. Ariel começou contando suas histórias, passou para dicas voltadas aos correspondentes internacionais e, depois, abriu um espaço para cada um contar sua ideia de pauta. Nesta hora, parecia que iríamos conversar até o amanhecer. O papo estava fluindo, ele comentou pauta por pauta, sugeriu contatos para entrevistas e até chegou a fornecer números de telefones que já tinha.

Ninguém tinha pressa. Quando a conversa parecia que ia acabar, novas ideias surgiam e ali continuávamos conversando, pensando e compartilhando ideias.

O relógio marcava vinte para meia noite. Cansados, doloridos, congelados, famintos e, o mais importante, realizados!

 

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