Buenos Aires em cena
Era por volta das nove e meia da manhã quando um simpático senhor abria as portas de seu kiosco, na altura do número 300 da rua Ayacucho. Um grupo de policias terminava de tomar um cortado - como os portenhos…
Era por volta das nove e meia da manhã quando um simpático senhor abria as portas de seu kiosco, na altura do número 300 da rua Ayacucho. Um grupo de policias terminava de tomar um cortado - como os portenhos…
Confira a matéria produzida por nossa correspondente Deborah Rezaghi durante o Programa Jornalismo sem Fronteiras em Buenos Aires
Confira a matéria produzida por nossa correspondente Gabriela Rodriguez durante o Programa Jornalismo sem Fronteiras em Buenos Aires.
Último dia completo em Buenos Aires, o sábado já começou com cheiro de nostalgia antecipada. O amanhecer veio junto ao friozinho que dá cara à cidade e que nos cativou durante toda a semana. Porém, ficamos sabendo que um fato havia mudado a rotina do lugar: na noite anterior, umas pessoas saíram de uma balada e, por motivos ainda espúrios, decidiram atacar a unidade de luz do bairro, a Recoleta. Moral da história: faltou luz durante a madrugada e acordamos sem água, pois a bomba do hotel não funcionava sem força. Vale lembrar que no dia anterior, por causa da manutenção, a maioria de nós acabou sem tomar banho. Praticamente um complô contra a higiene nossa de cada dia. Mas não há o que possa ser feito. Apenas ressaltar o quanto irresponsável e perigoso foi esse ato. Pessoas que dependem da água e da luz poderiam ter sido prejudicadas – se é que não foram. Nós, que já sofríamos com os problemas de internet, passamos maus bocados. Só não mais que o próprio hotel – pela manhã, dezenas de hóspedes iam reclamar na recepção.
Novamente, cada um cuidava das suas produções e não conseguiremos retratar aqui o que todos fizeram…
A sexta-feira foi um dia que começou na quinta. E de maneira meio trágica. Explico: o hotel comunicou que iria fazer uma manutenção e, por isso, a água seria desligada às 23h da quinta-feira, 18, e só seria restabelecida às 6h de sexta. Como vimos no diário de ontem, nossa quinta não foi moleza, viramos meia Buenos Aires em um dia que parece ter tido 36 horas. Mas nem isso fez com que parássemos: chegamos no quarto e já corremos para agilizar a produção. Como ninguém se lembrou que não haveria água depois das onze da noite (por estarmos muito envolvidos com o trabalho) alguns continuaram escrevendo e outros foram descansar. Quando percebemos já eram mais de 23h e os chuveiros não tinham mais uma gota de água. Irônico, justo no dia que o Ariel nos contou sobre quando ficou cinco dias sem tomar banho na cobertura do terremoto do Chile. Mas, não sobrou outra alternativa, fomos dormir sem banho mesmo. Porém, a pior surpresa foi ao acordar: ainda não havia água. A recepção informou que em pouco tempo teríamos água novamente, entretanto, esqueceu de falar que ela voltaria, mas o aquecimento não… A partir daquele momento havia água, mas, fria. Os que conseguiram utilizar a água, ainda que congelante, numa temperatura de 8°C, agradeceu por não ter que começar seu dia sujo. Mas logo após se trocarem, o aquecedor voltou. Serviu para vermos, ainda que em menor escala, como é lidar com essas situações adversas e como saber contorná-las. No dia-a-dia acabamos esquecendo como essas coisas básicas fazem falta. Não tê-las causa uma sensação estranha.
Confira todo o relato de Clésio Oliveira.
Confira a matéria produzida por nossa correspondente Júlia Mello durante o Programa Jornalismo sem Fronteiras em Buenos Aires
Confira a matéria produzida por nossa correspondente Gabriela Rodriguez durante o Programa Jornalismo sem Fronteiras em Buenos Aires
Confira a matéria produzida por nossa correspondente Isabela Yu durante o Programa Jornalismo sem Fronteiras em Buenos Aires
Confira a matéria produzida por nossa correspondente Isabela Yu durante o Programa Jornalismo sem Fronteiras em Buenos Aires
Buenos Aires resolveu mostrar-nos como são suas manhãs típicas de inverno justo no nosso dia mais corrido. O friozinho até que era suportável e, me arriscaria a dizer, charmoso; mas as rajadas cortantes de vento e a chuva faziam com que procurássemos chegar o mais rápido possível ao nosso destino. E como nunca nos falta motivo para correr, nosso compromisso hoje seria o mais cedo de todos, às 9 da manhã. SERIA. Engolimos nosso café da manhã, pegamos agasalhos extras e partimos para o nosso primeiro destino: O El País. Lá iríamos assistir uma palestra do Alejandro Rebossio, correspondente do jornal espanhol aqui na Argentina. De quebra, pelo nosso roteiro, o entrevistaríamos e conheceríamos a redação do jornal aqui da Argentina.